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segunda-feira, 6 de julho de 2015

Público surpreende na volta do Rock na Rua

Rua Marechal Floriano Peixoto recebeu a primeira edição
do Rock na Rua depois de quase 20 anos.
Após quase 20 anos, o Rock na Rua voltou. Segundo estimativa da organização, cerca de mil pessoas (cinco vezes mais que o esperado) aproveitaram o final da manhã e a tarde com sol do dia 27 de junho para assistir aos shows das bandas Adorável Clichê (rock alternativo), Clube dos Corações Partidos (indie rock romântico), Firebox (indie rock/rock alternativo), Old Bridge (rock instrumental) e Mr. Zai (hard rock/heavy metal). Além de música, houve brechó, food truck e venda de cookies, adesivos e fanzines caseiros na Rua Marechal Floriano Peixoto, entre os cruzamentos com a Curt Hering e a XV de Novembro.

Integrantes destacaram oportunidade de divulgar seus trabalhos,
a presença do público e querem que o festival aconteça mais vezes.

Foi mais que uma oportunidade de as bandas mostrarem seus trabalhos. “Neste momento, contamos com a indicação de parceiros, mas vamos abrir inscrições para a próxima edição e vamos fazer uma seleção. Depois que fizemos a divulgação, recebemos muito material”, revela o assessor para Assuntos da Juventude da Prefeitura Municipal de Blumenau, João Paulo Taumaturgo da Silva. “Massa que a galera se engajou. As meninas do brechó vieram pedir se podiam vender, tem gente vendendo adesivo, cookies… Bom que não ficou restrito à prefeitura. Tornou-se algo da comunidade.”

Espectadores ouvidos pelo blog destacaram a diversidade do público. “Acho bacana trazer o rock para as pessoas, ser aberto ao público. Querendo ou não, ser pago restringe [o acesso]. Pode ver que tem gente que curte outros estilos musicais, de todas as classes sociais. Rola uma interação”, comentou Pâmela, 26 anos. Além de o evento reunir pessoas de perfis diferentes, o casal Marcelo e Juliana notou que “a galera é mais receptiva” em relação aos festivais da década de 1990. “Naquela época, quem não gostava de uma banda atirava coisas no palco”, conta.

Ainda na opinião do público, os músicos tocam melhor que há 20 anos, o evento precisa de um lugar maior e afastado do Centro e mais tempo para dar oportunidade a mais bandas. As pessoas entrevistadas também pedem mais edições do Rock na Rua. A próxima deve acontecer em 2015, ainda sem data nem local definidos. De acordo com o assessor para Assuntos da Juventude da Prefeitura Municipal de Blumenau, o evento deve ser semestral e acontecer em diversos bairros.

Assessor para Assuntos da Juventude comemorou público além do esperado.
Para João Paulo Taumaturgo, faltou comunicação sobre a disponibilidade de banheiros.

Entregou o bastão

Um dos organizadores do Rock na Rua na década de 1990, Fabrício Wolff passou contatos e deu dicas, mas não participou diretamente. “A galera mais nova precisa tocar isso, se mexer, mostrar serviço… Estou me aposentando [da organização de eventos]! (risos)” Na opinião de Wolff, desde a sua saída da Assessoria para Assuntos da Juventude, em 1996, faltou alguém com “perfil realizador” e não houve interesse em dar seguimento ao Rock na Rua. “Percebi que os organizadores [de agora] estão com vontade.”

Fabrício Wolff conta sobre o surgimento do festival e relembra história de bastidores.

Reportagem: Kunimund Krönke Junior

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